Clique na foto para aumentar

Dos 25 cursos de graduação da UFMS avaliados em 2023, 17 alcançaram conceito 4 e 5, os mais altos da escala, do Conceito Preliminar de Curso (CPC). O resultado divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira na sexta-feira, 11, indica a excelência da Universidade em indicadores como desempenho estudantil na edição de 2023 do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), infraestrutura, corpo docente e recursos didático-pedagógicos.

Além de proporcionar evidências para a elaboração de políticas educacionais, o CPC serve como subsídio para a supervisão e a regulação da educação superior. O indicador é utilizado também como critério na construção de matriz de distribuição orçamentária para a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.

De acordo com a diretora de Avaliação Institucional, Heloísa Costa, o número de cursos com conceito CPC máximo passou de dois para três e com conceito 4 subiu de 15 para 17, em comparação com 2019. “Com os excelentes resultados do CPC 2023, a UFMS reforça seu posicionamento como referência no cenário educacional brasileiro, com cursos reconhecidos tanto pela qualidade pedagógica quanto pelo impacto na sociedade. Esses resultados reafirmam o compromisso da UFMS com a formação acadêmica de excelência técnica e cidadã e o desenvolvimento regional e nacional por meio da educação pública de qualidade, inovadora, sustentável e humana”, enfatiza.

Heloísa explica que o CPC é um indicador mais abrangente que o Enade. “Sua composição é a seguinte: 20% da nota refere-se ao Conceito Enade do curso; 35% ao desempenho no Indicador de Diferença entre o Desempenho Observado e Esperado (IDD); 30% ao perfil do corpo docente, considerando a proporção de mestres e doutores, bem como o regime de trabalho; e 15% à percepção dos estudantes sobre as condições do processo formativo, aferida por meio do Questionário do Estudante”, pontua a diretora.

Entre os destaques da UFMS estão os cursos de Farmácia, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Alimentos e Nutrição (Facfan), e Engenharia Civil (matutino e vespertino), da Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia (Faeng), que mantiveram o conceito máximo no Enade nas duas últimas avaliações e alcançaram o CPC 5 em 2023. O curso de Engenharia Química, do Instituto de Química, realizou o exame pela primeira vez desde quando foi criado e também obteve CPC 5 nessa avaliação.

Para o coordenador do curso de Farmácia, Éverton Alencar, o objetivo da Universidade é que os egressos da Instituição sejam destaque entre os melhores do país, formando farmacêuticos relevantes para o mercado de trabalho e que contribuam com o avanço da ciência. “A nota 5 no Enade foi recebida com muita alegria por todos. É uma confirmação que as políticas de ensino-aprendizagem dentro do nosso curso vêm atendendo com rigor os requisitos do MEC há anos. Esta nota é fruto, sem dúvida, da qualidade técnica dos nossos alunos e sua formação de excelência. Isto é consequência também dos esforços dos professores em extrair o possível dentro do que existe disponível para nossos alunos”, ressalta.

Em 2025, o curso de Engenharia Civil completa 55 anos e, segundo o coordenador Sidiclei Formagini, o desempenho no Enade é reflexo da dedicação dos professores na estruturação de um projeto pedagógico bem elaborado, dinâmico e atento aos desafios da formação de novos profissionais. “Foi a confirmação de que a dedicação dos professores, a estrutura do curso e o empenho dos alunos convergiram para um resultado de excelência. Uma grande vitória para a UFMS e para a sociedade que receberá profissionais qualificados num momento muito importante de expansão de nossa infraestrutura”, destaca.

Com CPC 4 estão os cursos de Arquitetura e Urbanismo, da Faeng e do Câmpus da UFMS de Naviraí; Enfermagem, do Instituto Integrado de Saúde (Inisa) e dos Câmpus da UFMS de Coxim e de Três Lagoas; Engenharia Civil (vespertino e noturno) e Engenharia Elétrica; da Faeng; Engenharia da Computação, da Faculdade de Computação; Engenharia de Alimentos e Nutrição, da Facfan; Engenharia de Produção, da Faeng e do Câmpus da UFMS de Nova Andradina; Engenharia Florestal, do Câmpus da UFMS de Chapadão do Sul; Fisioterapia do Inisa; Medicina, da Faculdade de Medicina (Famed); Medicina Veterinária, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia; e Odontologia, da Faculdade de Odontologia (Faodo).

Enade

O Enade avalia o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares e o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias para a formação profissional. Em 2023, cerca de 1,2 mil estudantes concluintes de 25 cursos da Cidade Universitária e dos câmpus prestaram o exame. Além de realizar o acolhimento e entrega de kits nos locais de prova, a Universidade tem realizado rodas de conversa e palestras ao longo dos anos para a preparação dos estudantes e sensibilização em relação à importância do Enade.

Cinco cursos de graduação da UFMS obtiveram o conceito máximo na edição de 2023: Medicina, da Famed; Odontologia, da Faodo; Enfermagem, do Inisa; Farmácia, da Facfan; e Engenharia Civil, Faeng.

“Nós, docentes da Famed, nos sentimos muitos felizes com a nota 5 no Enade, é resultado de um trabalho desenvolvido por todos. É gratificante a todos ver que nossos alunos tiveram um bom desempenho a nível nacional. Estamos ajustando o projeto pedagógico de curso vigente e sabemos que o desafio é diário, estamos adequando as estruturas e qualificando nossos docentes para ofertar um curso de excelência que a nossa Universidade e sociedade merecem”, celebra a coordenadora do curso de Medicina, Maura Hokama.

A coordenadora do curso de Odontologia, Luciana Negrão, destaca o empenho e a dedicação de professores e técnicos-administrativos para que o resultado fosse alcançado. “Esse reconhecimento confirma que estamos no caminho certo e reforça nosso compromisso com a excelência no ensino. Atribuímos esse resultado a uma série de mudanças que vêm sendo implementadas ao longo dos últimos anos. Destaco, por exemplo, a chegada de novos professores que se identificam com os alunos e trazem disposição e trazem ideias inovadoras. Também intensificamos as atividades clínicas e teóricas, com foco na discussão de casos reais, o que enriquece muito o aprendizado. Reestruturamos as avaliações para que estejam mais alinhadas com o modelo do Enade e passamos a realizar revisões contínuas de conteúdo ao longo dos estágios obrigatórios. A infraestrutura também tem evoluído: ampliamos espaços como o centro acadêmico e as salas de estudo dentro da unidade, além de recebermos novos investimentos importantes, como tomógrafos e a digitalização de vários processos odontológicos”, comemora.

Para a coordenadora em exercício do curso de Enfermagem, Ana Paula Sales, a nota máxima representa uma vitória e o reconhecimento da resiliência, dedicação e amor pela profissão. “O resultado do Enade para o curso de Enfermagem do Inisa é um trabalho realizado há muitas mãos, mentes e coração. O grupo de estudantes que fez a prova e os de anos anteriores enfrentaram um período pandêmico e houve um planejamento muito assertivo por parte dos docentes e gestão central em mantermos a continuidade adaptada das atividades teórico-práticas, respeitando os momentos de afastamento impostos pela pandemia”, afirma. “Consideramos as questões pertinentes a própria pandemia para fortalecer nossos futuros enfermeiros para enfrentar momentos de crise global e estes se dedicaram aos estudos e as propostas”, complementa.

IGC

Além do desempenho individual dos cursos de graduação, a excelência da formação ofertada pela UFMS reflete-se no Índice Geral de Cursos. De acordo com os resultados divulgados pelo Inep, a Universidade se manteve na faixa 4, com um total de 109 cursos avaliados no Enade. “Destacamos, ainda, que o bom desempenho é resultado de um esforço coletivo de professoras e professores, técnicas e técnicos, estudantes e gestores, com investimentos contínuos na qualidade do ensino superior”, reforça a diretora de Avaliação Institucional.

O cálculo matemático para chegar ao IGC leva em conta a média do CPC, considerando o último ciclo do Enade como referência; a média dos conceitos de avaliação dos programas de pós-graduação stricto sensu, atribuídos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior na última avaliação trienal; e a distribuição dos estudantes entre as diferentes etapas de ensino superior (graduação ou pós-graduação stricto sensu).

Texto: Thalia Zortéa

Fonte: Notícia originalmente publicada no link.