Maioria dos cursos da UFMS obtém conceitos 5 e 4 no CPC 2019
O Ministério da Educação e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgaram os resultados do Conceito Preliminar de Curso (CPC) 2019 no início deste mês. Dos 21 cursos da UFMS com CPC 2019 calculado, dois obtiveram conceito 5, 15 obtiveram conceito 4 e quatro cursos obtiveram conceito 3.
“O CPC é um indicador importante no que se refere a qualidade dos cursos de graduação. Ele é composto por quatro dimensões, entre elas a nota de desempenho dos estudantes no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). A partir de mais esse indicador, é possível verificar as potencialidades e as fragilidades dos cursos oferecidos, sendo fundamental para a elaboração de estratégias de gestão, tanto no âmbito institucional, como do curso”, explica a secretária especial de Avaliação Institucional (Seavi) Caroline Spanhol.
De acordo com Caroline, os bons resultados obtidos no CPC revelam o compromisso e o esforço de todos: coordenadores de curso, professores, técnicos e, principalmente, os estudantes. “Além disso, evidenciam a preocupação e o esforço da gestão da Universidade na oferta de cursos de qualidade para nossos estudantes e, consequentemente, na formação dos futuros profissionais. É com alegria que parabenizamos e comemoramos os bons resultados obtidos no CPC. Muitos dos cursos avaliados apresentaram desempenho superior, quando comparado a avaliação anterior e dois deles obtiveram a nota máxima: Fisioterapia e Engenharia Florestal”, comenta a secretária da Seavi.
O curso de Fisioterapia do Instituto Integrado de Saúde (Inisa) melhorou o conceito CPC em relação a 2016 e subiu de 3 para 5. O coordenador do curso Evandro Gonzalez Tarnhovi comemorou o resultado. “Desde 2008, quando foi criado, o curso já formou aproximadamente 200 fisioterapeutas. Oferecemos uma formação generalista com enfoque na atenção à saúde da população brasileira, mas em consonância as necessidades contemporâneas mundiais, permitindo uma inserção precoce nas diversas interfaces terapêuticas. Além disso, temos um corpo docente altamente qualificado, na sua totalidade integrado por doutores, que também atuam na pós-graduação, e contamos com infraestrutura de espaços e laboratórios, entre eles a Clínica Escola Integrada. Tudo isso possibilita o desenvolvimento de diversos projetos e ações de extensão que cuidam, por exemplo de neonatos com dificuldades respiratórias, condições reumatológicas, atendimento a pessoas com esclerose múltipla, a idosos, além dos realizados por meio de parcerias com outros órgãos públicos, como a formação em reabilitação pós Covid-19 com a Secretaria Municipal de Saúde Pública de Campo Grande”, ressalta o coordenador.
De acordo com Evandro, na Atenção Primária, são desenvolvidas ações voltadas à promoção da saúde, prevenção e também de gestão nos serviços. Já na Atenção Secundária, professores realizam atividades de ensino, pesquisa e extensão em áreas específicas como Neurologia Adulto e Neuropediatria, Fisioterapia em Geriatria, Fisioterapia em Reumatologia, Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia e Fisioterapia Esportiva. Em relação à Atenção Terciária, as atividades são desenvolvidas no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap). “Também destacamos as produções e atividades desenvolvidas na pós-graduação, tanto nos programas de residência e pós-graduação multiprofissional, como no Mestrado em Ciências do Movimento, o primeiro da área em Mato Grosso do Sul”, fala o coordenador.
Também melhorou o desempenho e alcançou o conceito máximo no CPC 2019 o curso de Engenharia Florestal oferecido no Campus de Chapadão do Sul (CPCS). “O curso foi implantado em 2010 no CPCS. Para nós, este foi um ótimo desempenho, visto que o curso alcançou o melhor resultado entre os cursos de Mato Grosso do Sul e também da Região Centro-Oeste do país, destacando-se à frente de cursos e universidades com maior tradição e tempo de implantação. Tudo isso foi possível devido à excelente formação que a UFMS oferece, com as oportunidades de participação em projetos (como bolsistas ou voluntários) de pesquisa e extensão com temas voltados à Engenharia Florestal, às oportunidades de monitoria, ao PET, às bolsas de auxílios, ao empenho e dedicação do corpo docente do curso, altamente qualificado e em sua maioria formada por doutores, à direção do campus, aos técnicos do campus e ao comprometimento dos estudantes, que ao longo de sua trajetória acadêmica não mediram esforços para ao final chegar a resultados como este, por exemplo, obtendo nota 4 no Enade 2019”, destaca a coordenadora Déborah Nava Soratto.
“Ficamos muito satisfeitos com o resultado e acreditamos no potencial de nossos egressos, visto que apresentam boa taxa de empregabilidade, principalmente aqui no Estado. MS tem apresentado constante crescimento no setor florestal, principalmente em relação às indústrias de celulose e papel e essas tem destaque em nível mundial, as indústrias produtoras de painéis reconstituídos e carvão vegetal, as empresas terceirizadas prestadoras de serviços florestais e as usinas de etanol que utilizam biomassa florestal, além dos que optam pelo ingresso em cursos de pós-graduação stricto sensu e lato sensu em todo o país”, enfatiza Déborah.
Na Cidade Universitária obtiveram conceito 4 os cursos de: Enfermagem, Farmácia, Nutrição, Medicina, Medicina Veterinária, Zootecnia, Odontologia, Engenharia Ambiental, Engenharia Civil (Integral), Engenharia Civil (Noturno), Engenharia de Produção, Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação. Com conceito 4 também ficaram os cursos de Enfermagem e Medicina, do Campus de Três Lagoas (CPTL). E com conceito 3, os cursos de Agronomia do CPCS, Enfermagem do Campus de Coxim; Arquitetura e Urbanismo da Cidade Universitária, e Engenharia de Produção do CPTL.
Sobre o CPC
Além de proporcionar evidências para a elaboração de políticas educacionais por parte do governo, o CPC serve como subsídio para a supervisão e a regulação da educação superior. O indicador é utilizado também como critério na construção de matriz de distribuição orçamentária para a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (EPCT). Iniciativas e políticas do Governo Federal, como o Universidade Aberta do Brasil (UAB), o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o Programa Universidade para Todos (ProUni), o Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica (Parfor) e o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), também utilizam o conceito como requisito para participação nos programas ou distinção entre o conjunto de cursos.
Na edição de 2019 do Enade, 29 áreas de avaliação fizeram parte do exame. Foram avaliados cursos de bacharelados em agronomia, arquitetura e urbanismo, biomedicina, educação física, enfermagem, engenharia ambiental, engenharia civil, engenharia de alimentos, engenharia de computação, engenharia de controle e automação, engenharia de produção, engenharia elétrica, engenharia florestal, engenharia mecânica, engenharia química, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinária, nutrição, odontologia e zootecnia. Também foram avaliados cursos superiores de tecnologia nas áreas de agronegócio, estética e cosmética, gestão ambiental, gestão hospitalar, radiologia e segurança no trabalho. O CPC 2019 foi calculado considerando essas 29 áreas.
Saiba mais sobre os Indicadores de Qualidade da Educação Superior aqui.
Texto: Vanessa Amin, com informações da assessoria de comunicação social do Inep e colaboração de Vitória Fátima (estagiária da Agecom no CPCS)
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