Avaliação Institucional tem recorde de participação em 2023
A Avaliação Institucional deste ano atingiu o recorde de respostas, com a participação de mais de 11 mil pessoas da comunidade universitária. A partir deste ano, a Avaliação Institucional passou a ser realizada apenas uma vez por ano, para que a Universidade possa focar na superação dos desafios apontados por estudantes e servidores.
As Unidades de Administração Setorial que lideraram na Avaliação Institucional de 2023 foram os Câmpus de Naviraí e de Chapadão do Sul, com mais de 50% de adesão, entre estudantes e servidores. Entre as Unidades da Administração Central, ocupam o pódio os técnicos-administrativos da Agência de Tecnologia da Informação e Comunicação e da Auditoria, com 100% de adesão, e da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação, com 92,5%.
A presidente da Comissão Própria de Avaliação (CPA), Jacyara de Souza, explica que o recorde de respostas foi resultado de um trabalho conjunto com as Comissões Setoriais de Avaliação (CSAs), que estão mais próximas dos estudantes. O trabalho de sensibilização da comunidade ocorre a partir da CPA e das CSAs, que atuam em todas as unidades.
Com reuniões dedicadas a apresentar os resultados da Avaliação do ano anterior e as consequentes melhorias implementadas, as comissões tiveram sucesso em conquistar mais respondentes. “As reuniões e ações de sensibilização ajudaram a fazer a conexão entre o que é respondido na avaliação e o que a UFMS está fazendo para promover as melhorias demandadas pela nossa comunidade universitária”, detalha Jacyara.
A diretora de Avaliação Institucional, Caroline Pauletto Spanhol, comemora o marco e afirma que o recorde só foi possível a partir desse trabalho de sensibilização da comunidade sobre a importância da Avaliação. Além disso, outro estímulo foi a percepção sobre as melhorias que têm sido realizadas. “O melhor incentivo que existe para as pessoas se engajarem e investirem um tempo para responder ao questionário é a certeza de que as respostas serão utilizadas de alguma forma. Isso nós temos conseguido mostrar, por meio de pequenas e grandes ações”, diz.
Como processo contínuo, a avaliação serve para que a comunidade identifique potencialidades e desafios na Instituição. Os resultados são utilizados pelos gestores para o planejamento e execução de ações, que têm transformado a rotina de estudantes e servidores.
A partir das perguntas, a Avaliação busca contemplar cinco eixos: planejamento e avaliação institucional, desenvolvimento institucional, políticas acadêmicas, políticas de gestão e infraestrutura física. “Os temas abordados no questionário vão seguir esses eixos, mas são diferentes para cada segmento, conforme a atuação de cada um. Por exemplo: sobre a sustentabilidade financeira, não seria oportuno que estudantes respondessem sobre o tema, mas para os gestores é um tema relevante”, explica Jacyara.
Com relação aos resultados da Avaliação Institucional de anos anteriores, a Universidade já promoveu uma série de melhorias. A revitalização das cantinas e do Restaurante Universitário, novos fraldários, editais de apoio para publicações, eventos e projetos, a oferta de vagas na Academia Escola, oportunidades de internacionalização e mobilidade acadêmica, oferta de bolsas, o novo Diário do Professor, novos equipamentos na Clínica Escola, melhorias na estrutura da Fazenda Escola, a inauguração do Parque da Ciência e do Museu da Ciência e Tecnologia, vagas nas Brinquedotecas, a implantação do Laboratório de Práticas Simuladas em Saúde e da Academia Espaço Saúde no Câmpus de Três Lagoas, a ampliação de bicicletários, a adequação de espaços para a acessibilidade, novos bebedouros, a circulação do Capi Shuttle e simplificações no Sistema de Informação e Gestão de Projetos foram algumas das sugestões que resultaram em benfeitorias na Universidade.
Trajetória da Avaliação Institucional
Para quem esteve presente no início do processo de elaboração da Avaliação Institucional, as transformações são nítidas. O professor da Faculdade de Computação (Facom) Amaury de Castro Junior é um exemplo, ele atuou no início da implementação da cultura da avaliação na UFMS e retornou à CPA como membro, e destaca que a evolução da Avaliação culminou no sucesso da UFMS, com nota máxima no recredenciamento do Ministério da Educação tanto Institucional quanto na Educação a Distância. “Gera resultados significativos para o fortalecimento da Universidade e para a projeção da UFMS em nível estadual, nacional e internacional. A Instituição vem se destacando em diversos rankings e isso é fruto de todo esse processo de melhoria da Avaliação Institucional”, conclui.
Também da Facom, a professora Hana Karina Salles Rubinsztejn foi uma das primeiras presidentes da CPA, entre 2009 e 2014. Ela analisa que a Avaliação Institucional está melhor estruturada e recebe a devida atenção da gestão, mas ainda é preciso avançar na geração de relatórios a partir das respostas. Assim, a Universidade pode investir ainda mais em melhorias, a partir das sugestões da comunidade.
Com o apoio da Administração Central para o fortalecimento do processo de avaliação, em 2017 foi criada a Secretaria Especial de Avaliação Institucional, hoje Diretoria. A primeira secretária foi a professora Marize Peres, atualmente aposentada. Ela afirma que foi preciso dedicar cuidado e atenção à avaliação.
Segundo Marize, os servidores contribuíram para a sensibilização da comunidade, com o objetivo de aumentar o percentual de respondentes e melhorar a qualidade das respostas. A Agência de Tecnologia da Informação e Comunicação também foi crucial para o processo, com a estruturação do Sistema de Avaliação Institucional, responsável pela coleta, aperfeiçoamento e resultado.
“Enquanto estive à frente da Secretaria, entendi que a Avaliação Institucional é um processo complexo, mas não complicado. É intenso, exigente e minucioso mas, uma vez institucionalizado, consolida a cultura da Avaliação Institucional. No entanto, o que garante a utilidade da Avaliação é o grau de confiança em seus resultados e isso exige validação e participação”, destaca.
O servidor e mestrando em Computação Aplicada Gustavo Kataoka tem desenvolvido uma pesquisa na Facom para identificar lacunas e possibilidades de melhorias no Sistema, não só para que seja de fácil compreensão para o usuário, mas também para auxiliar na obtenção de resultados confiáveis. Para Gustavo, um dos desafios é fazer as perguntas da maneira mais precisa possível. “Esse é o principal objetivo do meu trabalho de mestrado. Munir o sistema com relatórios em cima desses dados, a fim de extrair informações realmente pertinentes para ajudar a UFMS a melhorar cada vez mais como instituição de ensino superior”.
Confira as melhorias promovidas pela Universidade:
Texto: Mylena Rocha
Fonte: notícia originalmente publicada no link.