Cultura da Avaliação Institucional fortalece a Universidade

Postado por: ISADORA DOS REIS ESTRELA MARQUES

A Avaliação Institucional da UFMS traz a percepção de estudantes, técnicos-administrativos e docentes quanto ao desenvolvimento de suas atividades. O Relatório referente ao triênio 2018-2020 foi disponibilizado pela Comissão Própria de Avaliação (CPA) neste link, no site da Diretoria de Avaliação Institucional (Diavi), que apoia a realização.

A Autoavaliação é um processo cíclico e contínuo, coordenado pela CPA, com a colaboração das Comissões Setoriais de Avaliação (CSAs), sendo uma em cada Unidade Acadêmica Setorial (UAS). Os questionários são aplicados em dois períodos, um em cada semestre. As questões são divididas em cinco eixos: Planejamento e avaliação, Desenvolvimento Institucional, Políticas Acadêmicas, Políticas de gestão e Infraestrutura física.

Segundo a diretora da Diavi, Caroline Pauletto Spanhol Finocchio, “é um documento muito rico, completo, que permite que a Universidade se conheça e avalie seu desempenho em cada eixo temático. Possibilita, também, a identificação de novas estratégias visando aprimorar os pontos fracos e manter e/ou aprimorar aqueles que já vem sendo apresentados como fortes”.

Relatório

“Por meio dos processos de autoavaliação institucional, a CPA busca consolidar a cultura de avaliação institucional na UFMS, entendendo ser esse processo muito mais que uma tarefa a ser cumprida exclusivamente por exigência legal, mas como uma oportunidade de reflexão contínua sobre processos e atividades que aprimorem o ensino, a pesquisa, a extensão e a gestão da instituição. O Relatório de Autoavaliação Institucional do triênio 2018-2020 (RAAI) caminhou na mesma direção, descrevendo as políticas propostas pela UFMS, as ações efetivamente desenvolvidas, suas potencialidades e fragilidades, captando as percepções de toda comunidade universitária acerca dessas propostas e ações. Foi mais uma oportunidade de reunir importantes indicadores das diversas frentes de trabalho da instituição, com vistas à subsidiar a gestão, aprimorá-la, cumprindo a missão da UFMS perante a sociedade e o Estado”, explicou um dos representantes técnico-administrativos da CPA, Rogers Barros de Paula, que atualmente é docente no Instituto de Matemática.

A Autoavaliação Institucional foi realizada durante o ano de 2020 com a participação de todos os segmentos da Universidade. De acordo com Rogers, a preparação do plano de coleta no início do ano ocorreu com a revisão e atualização dos instrumentos de avaliação interna, com o objetivo de adequá-los ao momento de Ensino Remoto de Emergência. Os instrumentos de consulta à comunidade foram aplicados por meio do Sistema de Avaliação Institucional (Siai), que observa a garantia do sigilo e a fidedignidade nos indicadores de adesão. “Importante salientar ainda que a adesão ao questionário sempre é voluntária, mas também é imprescindível que a cultura de avaliação seja disseminada por toda a instituição. Desta forma, a sensibilização para que o máximo de respondentes participem é fundamental”, apontou.

O docente comentou que todos os resultados apresentados no RAAI são importantes, pois refletem os resultados das políticas e ações desenvolvidas pela UFMS, mas destacou o crescimento da cultura da avaliação institucional na Universidade, principalmente entre os estudantes. “Ressalta-se também avanços significativos na média percebida pelos diferentes segmentos pesquisados quanto às políticas e a infraestrutura da instituição, que tem se destacado anualmente, conforme constam nos relatórios fornecidos pela Proplan e Proadi. Destaca-se, ainda, os esforços relacionados à consolidação dos processos de governança institucional da UFMS e os constantes avanços em termos de inovação, seja por meio dos editais de concessão de auxílio aos pesquisadores, sejam os editais de auxílio aos estudantes”, pontuou.

As fragilidades apontadas no relatório foram questões relacionadas à atualização das informações e acompanhamento dos egressos; e ainda à implantação e divulgação das ações de internacionalização. “No que tange aos egressos é algo que já vem sendo trabalhado e agora está sendo encaminhado por meio da apreciação da Política de Acompanhamento de Egressos, sob responsabilidade da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Proaes). Quanto à internacionalização, temos acompanhado as ações da Agência de Internacionalização e de Inovação (Aginova) para a inserção e convite de professores externos para ministrarem palestras e aulas em outros idiomas, acordos de cooperação com instituições de outros países, entre outras”, lembrou a diretora da Diavi.

Egressos

O pró-reitor de Assuntos Estudantis, Albert Schiaveto, informou que tanto o portal dos Egressos da UFMS quanto a Semana de Desenvolvimento Profissional tiveram início em 2017 e que por meio da Política de Acompanhamento de Egressos, a proposta é a elaboração de um novo portal e o contínuo aperfeiçoamento da Semana. “Estamos buscando junto à Agência de Tecnologia da Informação e Comunicação (Agetic) e a outras instituições inspirações para o desenvolvimento de um novo sistema para o portal, para que ele seja ainda mais atrativo aos nossos egressos. Está prevista também na Política a Semana de Desenvolvimento Profissional, ou UFMS Profissional, que é realizada sempre no segundo semestre de cada ano. O que queremos é potencializar cada vez mais o evento, envolvendo nossos egressos e estudantes. Por fim, envolvendo outras unidades da administração setorial, queremos incentivar que os egressos participem de projetos de ensino, pesquisa, extensão, empreendedorismo e inovação aqui na Universidade, o intuito é que eles mantenham o vínculo com a UFMS. Nosso objetivo é realizar o acompanhamento dos egressos, saber como estão no mercado de trabalho. Essas são algumas das ações”, disse.

Internacionalização

O diretor da Agência de Internacionalização e de Inovação (Aginova), Saulo Gomes Moreira, apontou que a internacionalização tem sido trabalhada na UFMS de maneira abrangente e que, entre as atribuições da Aginova está justamente a realização do Plano Institucional de Internacionalização da UFMS, publicado em 2018. “São oito estratégias norteadoras e as ações que executamos estão vinculadas a elas. Entre várias frentes de atuação podemos citar a mobilidade acadêmica, os acordos de cooperação, a capacitação de docentes, o trabalho de tradução e a realização de eventos. Temos acordos com diversas instituições e universidades como a de Oregon (EUA) e de Avignon (França), entre outras. Por meio dos acordos estabelecemos as possibilidades de mobilidade. Em 2020 a atividade foi um pouco diferente por conta da pandemia, mas os acordos permanecem”, explicou.

No que diz respeito à capacitação dos docentes o diretor lembrou que desde 2019 a Aginova oferta o curso English as a Medium of Instruction (EMI), para incentivar os professores a ministrarem disciplinas em língua estrangeira. “Ofertamos em 2019, no início de 2020 e está prevista nova oferta agora em 2021. Também para este ano está prevista uma capacitação como esta na língua espanhola. Com isso os estudantes têm a oportunidade de realizar disciplinas em línguas estrangeiras na graduação, o que é importante seja para participar de uma mobilidade, seja para desenvolver os estudos, porque muitas vezes utilizam materiais e se relacionam com grupos de estudo estrangeiros”, revela. Quanto às traduções, a Aginova possui uma equipe responsável por traduzir documentos oficiais como, por exemplo, os acordos de cooperação, que costumam vir na língua original da Instituição estrangeira. A equipe atua também promovendo a cultura de internacionalização, com ações como a tradução feita para as placas de sinalização dos câmpus, entre outras.

“E por meio de eventos também divulgamos e fortalecemos a internacionalização na UFMS. Em 2020 tivemos no início do ano o ‘Conecta’, que contemplou também a internacionalização. E no segundo semestre tivemos o ‘Seminário Internacional On-line’. Assim, a internacionalização tem sido trabalhada para além da mobilidade, nas atividades do dia a dia na Universidade”, finalizou.

Desafios e planejamento

Para o representante técnico-administrativo da CPA, Rogers Barros de Paula, a cultura da avaliação institucional tem ganhado cada vez mais importância e significado para os processos de gestão da UFMS. “Embora tenhamos avançado muito, alguns desafios ainda precisam ser superados, tais como: a busca incessante pelo aumento do percentual de participantes, de modo a se chegar muito próximo da totalidade de respondentes; melhoria da comunicação dos resultados da autoavaliação; maior integração entre as CSAs e os diretores das unidades e das CSAs com a CPA; e a revisão e reorganização do questionário de coleta de dados, sempre de acordo com a realidade e momento vivenciado no Brasil. Esses desafios serão utilizados como base para o planejamento das ações da CPA no próximo triênio”, finalizou.

A Diavi e a Pró-reitoria de Graduação (Prograd) têm realizado neste mês de maio reuniões com os gestores de todas as unidades da UFMS para apresentar a Avaliação Institucional no contexto da Educação Superior e os desafios em 2021. Entre os temas discutidos por meio de reuniões virtuais estão: o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior, o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes, Indicadores de Qualidade e os Resultados da Avaliação Institucional.

 

Texto: Ariane Comineti

*Notícia original publicada no link.